terça-feira, 24 de maio de 2011

El obsexeo (Marcella Collins)





EL OBSEXEO QUE ERECTA MI PENSARTE
Llamas de sangre. Tajos de fuego.
Juegos morbosos en mi cuerpo.
Risas morbosas en mi llanto.
Ellos se excitan. Ellos no entienden.
EL OBSEXEO QUE ERECTA MI PENSARTE.
Cae un diente quebrado sin clavar.
Cae una lengua rota en el vacío.
No hay efecto especial
que no fracase. Seduciendo.
No hay iluminador
que yo no apague. Seduciendo.
No hay otra conmoción que mí con yo.
Seduciendo. 

Caricias clandestinas a
mis perversiones.
(EL OBSEXEO)
Escupo alguna sonrisa
(QUE ERECTA)
me sacudo algunas babas
(MI PENSARTE)
me saco algunos ojos.
Tanto hombre disecado por ignorancia
Y
EL OBSEXEO QUE ERECTA MI PENSARTE
se atrofia en tu silencio. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Devaneio

Na porta do desejo ele se senta
observando-a acariciar-se
ver o desejo surgir em seu corpo.

Suas mãos acariciam seios, mamilos
coxas e ancas
torna-se difícil resistir

Com uma mão, deixe-a deslizar a sua mão
até a vulva quente e úmida

Sua respiração fica mais rápida, pura
Ela geme descontroladamente
Cama de dedo em um ambiente aconchegante...
buceta, ela está ligada.

Explode em sentidos multiplos
Em  êxtase sensual, ela o ouve
respiração rápida, voz encoberta
sobre a cadeira na porta.

Uma agradável surpresa


Uma agradável surpresa
Na hora certa
É assim que você me chama
Enquanto você não me conhece

Você confia uma noite de vigília
 Se sentir segura em seus braços
Eu sinto isso em cada fibra
Você pode se aquecer para mim

Um novo sentido faz-me mestre
A tensão está uivando loucamente pelo meu corpo
É certo vir logo
Isso é, certamente, sem dúvida

Uma máscara, um golpe
Um gemido escapou dos meus lábios
Você é como um macho dominante e
Ninguém pode se igualar

quarta-feira, 23 de março de 2011

A cunhada

Finalmente o verão, férias, descanso numa pousada no litoral. Tenho o hábito de sair mais cedo, assim aproveito mais. Meu irmão e minha cunhada de bicicleta. Ele quer ir à praia. Ela reclamando do calor do calor decide ficar e me ajudar.
Fred vai ao encontro da turma e Pamela o acompanha com olhar. é impossível não notar sua silhueta praticamente nua contra a luz no portão. Formas delicadas cobertas por uma saída de praia.
Tento disfaçar minha excitação quando ela vem em meu encontro pra me ajudar com umas pequeans compras que fiz pro jantar daquela noite,mas estava difícil conter a ereção. Eram poucas sacolas, uns pacotes pequenos nada demais. Mesmo assim, na ansiedade de levar tudo de uma só vez nos esbarramos e sua mão resvalando pela minha bermuda percebe claramente minha ereção. Por um segundo estremecemos e reparo em sua reação, um sorriso levemente disfarçado no canto da boca e um levantar de sobrancelhas que me denunciaram um consentimento e uma satisfação tentadora. Meu pênis reage pulsando e o volume já não mais me preocupa.
A pousada onde ficamos era mto bonita, estilo casa colonial, bem grande e arejada. Tinha três andares. Duas salas enormes e uma cozinha também muito grande no andar térreo. No andar superior havia três suítes. Uma de frente para o mar. Outra para as montanhas e a principal que permitia ver tanto o mar quanto as montanhas. Aquele era o quarto de Pamela e meu irmão obviamente! O meu ficava no último andar e Pamela me disse que era um presente surpresa para mim. E foi.
A suíte era praticamente toda de vidro. Paredes só havia no banheiro que se estendiam até a varanda onde ficava uma enorme banheira de hidromassagem. Suítes maravilhosas eu posso dizer.
Deixei as sacolas la embaixo numa mesa perto da cozinha e subi para meu o quarto a fim de tomar um banho e colocar uma roupa mais confortável. Pamela hesitou um pouco mas subiu também e não ficou em seu andar mas me acompanhou, jogando-me uma toalha que, segundo ela eu havia deixado cair pelas esacadas ao entrar. Falou tentando simular raiva mas logo começamos a riro como se isso fosse uma grande travessura. Então tirei a camisa suada deixando meu dorso nú e percebi um misto de susto, surpresa e excitação quando, de uma só vez, arriei minha bermuda jogando-a longe.
Pamela riu novamente até chegar à gargalhada confessando que pensou que eu ia ficar nu. Eu estava com o calção de banho sob a roupa. Na brincadeira puxei sua saída de praia. Livrando-se daquele pano o corpo dela girou e ela parou de frente e um pouco afastada de mim.
Não hesitei e permiti meu olhar passear por cada centímetro daquele corpo, dos pés à cabeça. Quando nossos olhos se cruzaram surgiu um rubor em sua face e percebi que ela desviara seu olhar do meu pênis rijo. Mas por pouco tempo. Pamela também estava se permitindo olhar cada pedaço, acompanhar cada pulsação do meu membro. Comecei a imaginar o que passava em sua cabeça. Dei um passo em sua direção, ela me fitou, percebeu que eu a observava e compreendia.
No susto ela deu não um, mas quase dois passos para trás. Não conseguiu completar o segundo passo pois tropeçara com a perna na cama e ia caindo deitada quando fui em seu socorro. Peguei seu braço, puxei para mim e abracei suas costas interrompendo a queda que seria macia.
Minha desastrada atitude – afinal ela cairia em uma cama macia – deteve sua queda mas arrebentou o cadarço do bustiê do biquíni e os seios de Pamela libertaram-se se oferecendo aos meus lábios que estavam a poucos centímetros de seu coração.
A velocidade dos acontecimentos, apesar de grande, era imperceptível. Tudo parecia acontecer em câmera lenta. Eu não perdia um único detalhe. A respiração acelarada e as batidas de nossos corações me faziam querer sugar aqueles seios empinados e intumescidos. Pamela, apesar de afastar seu corpo e seus seios de mim, aproximaram seus lábios secos e carnudos e me permiti roçar neles os meus lábios.
Em meus braços pude perceber o estremecimento de seu corpo. Em meu peito seus braços ensaiavam uma reação negativa. Fingiam tentar me afastar. Suguei seu lábio inferior deliciosamente. Senti seus dentes morderem acariciando meu lábio superior e seus braços enlaçarem meu pescoço dando a ela o apoio que seu corpo pedia.
Deixei meu corpo perder seu equilíbrio com aquele peso extra e sobre ela cai na cama aos beijos cada vez mais intensos e deliciosos. Seu corpo, seus seios estavam sendo esmagados entre o colchão e meu peito, nossas pernas sobravam pendidas para fora da cama. As pernas de Pamela então engancharam-se em minha cintura e pude escorregar seu corpo quase inteiro para cima do colchão.
Agora meus lábios beijavam avidamente seu rosto, descendo por seu pescoço, com mordiscadas que aos poucos faziam surgir os gemidos e suspiros que tanto ansiei ouvir.
Pamela aproximou, mais uma vez, os seios dos meus lábios e eles passaram a ser, acariciados e beijados de forma mais lasciva e intensa. Agora Pamela buscava retribuir às minhas carícias que arrancavam arrepios de seu corpo e despertara sensações adormecidas. Logo estávamos cadenciadamente nos possuindo mutuamente, ora violenta e velozmente, ora carinhosa e profundamente.
Juntos perdemos a noção das horas, do tempo. Em seguida perdíamos a noção de onde estávamos, de espaço. Logo estávamos explodindo em uma fusão de energia que nos consumia, realizava, integrava e mais nos acendia provocando a inevitável explosão de prazer que primeiro a arrebatou intensamente.
Em seguida aquela onda de intenso prazer me envolveu me levando a me entregar inteiro ao gozo naquele corpo que me sugava para me completar e contemplar com um prazer já tão conhecido, tão desejado.

Devaneios






domingo, 6 de fevereiro de 2011

O desejo em preto e branco

" E na ânsia mais louca, no céu da sua boca...
Do alto, as estrelas me dizem, meu bem..."

 "Quero sentir teu beijo quente arrepiando a minha pele,
dando inveja a tanta gente..."

"Foi então deitados no chão,
que se amaram tão profundamente
que tiveram medo da própria grandeza deles.."

"Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
que é pra te dar coragem.." (Chico Buarque)

 "Ter-te amado a boca, o tato, o cheiro:
intumescente encontro de reentrâncias"

"Teus olhos imorais, mulher, que me dissecas
Teus olhos dizem mais que muitas bibliotecas..."

 "Quero ver-te a luz do dia, para saber se é verdade
O que a noite me dizia Com tanta seguridade.." (Cecília Meireles)

"No verdadeiro amor, a alma é que envolve o corpo.."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Direitos Humanos e Cidadania Trans: Acessando as Políticas Públicas

Aconteceu ontem no auditório do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais o debate "Direitos Humanos e Cidadania Trans: Acessando as Políticas Públicas" promovido pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais (NUH/UFMG) e parceiros . O evento, que teve entrada franca, contou com a participação da comunidade GLBT de BH, além de nomes expressivos da militância em Minas e no Brasil. Confira as fotos fetias pelo meu amigo Dirceu Aurélio (http://www.facebook.com/dirceuaurelio)











quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Posições do Kama Sutra: A União Suspensa

O que é
A “União Suspensa” é uma posição que vem do clássico “Kama Sutra”. Nenhum outro manual do sexo dá tanta atenção ao caminho para o bom sexo quanto este. O livro tem capítulos detalhados sobre carícias, diferentes jeitos de se beijar e brincadeiras, como morder, que animam a vida sexual do casal. O brâmare Vatsyayana, que supostamente escreveu o “Kama Sutra”, detalha que a mulher geralmente precisa de mais fatores de excitação do que os homens para chegar ao orgasmo.

Como fazer
Ele encosta-se a uma parede e levanta a mulher com as mãos, entrelaçando os dedos sob suas nádegas, ou a segurando pelas coxas. Para ajudar o rapaz, a garota deve se agarrar nele com as pernas. Quando a penetração for completa, ele começa a fazer movimentos para frente e para trás. Se for difícil para ele manter esse ritmo, ela pode ajudá-lo empurrando o corpo longe da parede com os pés.

Por que dá prazer

A sensação de ser controlada pelo homem pode excitar muitas mulheres, tornando o orgasmo mais fácil de ser atingido. O rapaz pode aproveitar para fazer carícias no bumbum dela, que vai aumentar ainda mais o prazer da parceira. Mas é importante lembrar que ele precisa ter bastante força para conseguir fazer esta posição sem causar danos ao corpo.

Kama Sutra - Aforismos sobre o amor


Kamasutram (Sânscrito: कामसूत्र), geralmente conhecido no mundo ocidental como Kama Sutra, é um antigo texto indiano sobre o comportamento sexual humano, amplamente considerado o trabalho definitivo sobre amor na literatura sânscrita. O texto foi escrito por Vatsyayana, como um breve resumo dos vários trabalhos anteriores que pertencia a uma tradição conhecida genericamente como Kama Shatra.
“Ao contrário do que muitos pensam, o Kama Sutra não é um manual de sexo, nem um trabalho sagrado ou religioso. Ele também não é, certamente, um textotântrico. Na abertura de um debate sobre os três objectivos da antiga vida hindu - DarmaArtha e Kamadeva - a finalidade do Vatsyayana é estabelecer kama, ou gozo dos sentidos, no contexto. Assim, Darma (ou vida virtuosa) é o maior objetivo, Artha, o acúmulo de riqueza é a próxima, e Kama é o menor dos três.” — Indra Sinha.[1]
Kama é a literatura do desejo. Já o Sutra é o discurso de uma série de aforismosSutra foi um termo padrão para um texto técnico, assim como o Yôga Sútra dePátañjali. O texto foi escrito originalmente como Vatsyayana Kamasutram (ou "Aforismos sobre o amor, de Vatsyayana"). A tradição diz que o autor foi um estudante celibatário que viveu em Pataliputra, um importante centro de aprendizagem. Estima-se que ele tenha nascido no início do século IV. Se isso for correto Vatsyayana viveu durante o ápice da Dinastia Gupta, um perído conhecido pelas grandes contribuições para a literatura Sânscrita e para cultura Védica.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Tesão" (Regina Helena da Silva Amaral)





Teu falo é um facho 


Fascinante. 



Eu me encrespo 



Sempre... 



Teu Facho é um fato 



Irreversível!

Luxúria (Oriza Martins)




Quantos empolgantes desejos me assolam,
E tanto atormentam esta minh’alma espúria...
Incontido impulso, fatal, me embriaga,
Será que é paixão... será só luxúria?...

É uma vontade de sentir teu ser,
E nele vagar entre o bem e o mal...
Não pensar se é certo ou se é pecado,
Se é capital... se é original...

À vezes, em sonhos, vens ao meu encontro,
Vens me envolver em meigos carinhos,
Vens trazer-me a paz, o que mais anseio:
Nos realizarmos, ficarmos sozinhos...

De tanto querer-te, de tanto sonhar,
Compreendo, enfim, esta louca atração:
O que me leva a ti não é a luxúria,
É amor explícito, é fascinação...

domingo, 26 de dezembro de 2010

A Boa Ação

Numa manhã fria e nebulosa de Natal, passeava sozinha uma moça sensual, apenas com umas minúsculas cobertas de mãe natal. Triste e já cansada, a tremer de frio, onde se podiam ver os bicos dos mamilos eretos, avistou uma casa ao cimo de uma serra, onde foi bater para se abrigar.

A casa era de dois homens do campo, que ao avistarem a bela moça quase despida e cheia de frio, a acolheram em sua casa deixando-a à vontade pedindo para que fosse até à lareira para se aquecer.

Depois de algum tempo a olharem para a moça, despertou neles o desejo de a penetrar por trás.  A moça muito trêmula e envergonhada, agradeceu aos homens e eles disseram que só havia uma maneira de pagar...

Já de quatro e toda aberta para eles, os homens acariciavam seus pénis e loucos para a penetrarem, um deles meteu o penis na boca da moça e com movimentos para a frente e para trás deixando ela toda engasgada de porra. o outro penetrou-a com toda a força por trás. A moça gemia de prazer e ao mesmo tempo de aflição. 

O homem que a possuía por trás, delirava ao ver as nádegas dela a bater na sua pélvis, a uma velocidade cada vez maior. Ela gemia delirantemente, a vagina cada vez mais molhada e cheia de tesão. Os mamilos eretos e as mamas a baterem uma na outra.

 Já toda molhada e cheia de tesão, apenas disse: Feliz Natal!


*A Boa Acção é um conto escrito por Carla Amaral 


d-i-g-i-m-u-n-d-o: Festival de culto ao pênis atrai milhares no Japão...

d-i-g-i-m-u-n-d-o: Festival de culto ao pênis atrai milhares no Japão...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A menina (título provisório)

Eu te encontro, te redescubro
Nada  há mais para temer, há mais que desejar
Menina, dona do seu destino e de seus desejos contidos e incontidos
Me levando por caminhos que encantam, embelezam, enlouquecem
É mais que uma mera visão, um devaneio
É sorriso que aflora a volúpia, a láscivia
É olhar que estremece, que entumesce
Menina que não é mais, é muito mais
Mulher que aprecia, agracia, alicia

*Esta é uma singela homenagem a minha mais nova (não em idade, que fique claro) leitora e apreciadora de imagens sensuais. A vida é surpreendente, amo mto essas surpresas. Conto pra vcs mais tarde.

domingo, 31 de outubro de 2010

Nudez: arte ou pornografia?

Todos nós nascemos nus. Quando crianças, meninos e meninas tomam banho juntos, brincam nus e, até aí, tudo é normal.  na adolescência, as coisas mudam. Seu corpo começa a se transformar, aparecem os seios, os pêlos, as espinhas, a primeira menstruação... 

Surge então um “outro olhar” da nudez: vergonha, pudor, medo e culpa. Na verdade o que mudou, mais do que o nosso corpo, foi a nossa cabeça. Claro, começamos a sentir desejos sexuais, mas, além disso, os valores e a moral da sociedade influenciam muito o nosso modo de pensar. 

Desde a revolução industrial, o corpo (especialmente o da mulher) começou a ser visto e “vendido” como se fosse um carro ou uma televisão, ou seja, daí pra frente a nudez virou sinônimo de pornografia, prostituição, sacanagem, etc...

Esquecemos que, desde a Grécia antiga, os artistas cultuavam o corpo e esculpiam belíssimas estátuas nuas. Na época do renascentismo, artistas como Michelangelo e Botticelli se consagraram pelos seus traços perfeitos, esculpindo e pintando nus. 

Tudo depende de como vemos a nudez. Nosso corpo é uma escultura e talvez a mais bela obra de arte já concebida pela natureza. Porque não apreciar essa obra, como apreciamos um quadro ou uma bela paisagem

Texto de  Tony Bernstein  
Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pedagoga e Jornalista

A nudez original

As ideias são como roupas. Podemos vestir as que quisermos, mudá-las quando quisermos, podemos ter roupas elegantes e caras, baratas, sujas ou rotas, mas por debaixo estamos sempre nus. As roupas, por muito diferentes que sejam, escondem algo que é igual para todos: uma nudez que nos foi dada originalmente à nascença e que nunca é perdida, apenas camuflada.

Assim são as ideias. Podemos ter ideias fantásticas sobre a vida ou nós próprios. Podemos ter ideias muito avant-garde ou ideias muito retrógradas. Podemos nutrir ideias muito ou pouco ortodoxas, mais abertas ou mais fechadas, mas, por debaixo de todas elas, esconde-se um ser humano que não faz ideia do que é que isto se trata. "Isto" é a vida, é a essência de estar vivo, é o que nos faz existir e é o que nos faz morrer.

Debaixo de todas as capas, sobretudos, casacos e chapéus está um corpo nu, uma mente despida de todos os adornos que lhe foram acrescentados por razões sempre desconhecidas. Debaixo de cada peça de roupa - comunista, democrata, religioso, new-ager, libertário, anarquista, materialista, activista - esconde-se aquilo que nunca desaparece, por mais roupas que sejam adicionadas. Esconde-se um ser humano que nunca será mais ou menos do que isso - humano. Alguém que quando toma banho é igual a outros mil que tomam banho, que quando se alivia, se limpa como outros mil se limpam, que quando come, mastiga e engole como o fazem outros mil que mastigam da mesma maneira.

Por detrás de cada veste esconde-se alguém que vê em toda a peça de roupa uma oportunidade - a oportunidade - de transformar esta vida em algo um pouco mais tolerável, mais fácil de vestir. Cada roupa é um escudo, cada escudo uma máscara, cada máscara um grito de revolta. Cada grito de revolta é um pedido de socorro, um chamar pela paz, pelo silêncio que tudo leva, pelo oceano que tudo purga.

Cada ideia onde nos introduzimos é uma tentativa de vestir a nossa nudez original, a nossa fragilidade essencial, a nossa vulnerabilidade total. É uma muralha erguida para nos esconder da verdade que fingimos procurar, da verdade da qual fingimos fugir; a verdade que é quem nós somos e, referente à qual, buscas ou fugas fazem nenhum sentido.

Pessoas morrem e matam pelas roupas que vestem, pelas ideias que erguem. Nações inventam novas roupas, controlam povos por causa delas, mentem por causa delas, pisam e esmagam por causa delas. Todos esquecem que a roupa não é a pessoa, que a pessoa está e sempre esteve nua e que essa nudez, essa pessoa, é igual para todos, em todos. Ricos e pobres, inteligentes e broncos, bons e maldosos, todos estão tão nus como todos os outros. Ninguém está mais nu que ninguém. A nudez é como a verdade - não conhece níveis, estados ou relatividades. Existe em pleno absoluto.

Sou plenamente nu, plenamente verdadeiro, plenamente eu - as roupas não apagam o que sou, apenas disfarçam, como uma peneira ao sol. Por detrás de cada buraco brilha a luz, por detrás de cada olhar cintila o nu e cru que habita o coração de todos sem excepção. Os olhos não tapam o que a roupa intenta, não disfarça o que as palavras e discursos distorcem. O frio faz-se sentir na nudez da cada um, independentemente das roupas que nos tentam proteger do gelo que se ergue à nossa volta. Na nuvem de bafo quente que se forma ao abrirmos a boca pode escrever-se o que os nossos lábios têm medo de pronunciar, que esta nudez, esta fragilidade, esta vulnerabilidade é desconfortável, magoa profundamente, cria ansiedade e insegurança. Por detrás de cada armadura respira um corpo mole, tenro perante qualquer flecha, espada ou bala. Por detrás de cada peito erguido vive uma ferida interior que tentamos esconder no fundo do coração.

"Quem não está confuso não compreende realmente a situação", disse Edward R Murrow. Eu diria que quem não está confuso ou já se despiu por completo e treme de frio, treme de verdade e real, ou tem demasiadas roupas a obscurecer, a entreter, a engodar a mente e a evitar que a nudez de si próprio e da vida se mostre absolutamente. Se mostre absolutamente. Absolutamente. Nua.

Texto de André Pais - 
andre_pais@hotmail.com

Mudanças

Bom dia!

Este blog estava muito parado e minhas idéias fervilhando. Você pode achar paradoxal já que o blog serve mesmo para expor as maluquices e certezas que passam pela  mente das pessoas. Mas não importa. Estou aqui mudando, mais uma vez os rumos de minhas "coisas". Agora, aqui não publico somente os contos ou poemas, mas tudo que possa se relacionar com sensualidade e erotismo. Um espaço aberto para as idéias e os desejos meus e de todos os que comigo compartilham essa liberdade: ser quem desejamos ser.

Abração a todos!

sábado, 18 de setembro de 2010

Gozo (Eros)

Eu mexo, te contorces
Te retribuo e me procuras
Te abraço, me afagas
Te mordo, me lambes
Te pego, me tocas
Mãos lisas,
pegadas fortes,sussuros,gemidos,gritos Nomes,juras,palavras obscenas e sons que não se entendem 
Respiração arfante, pensamentos loucos Pulsações íntimas, gozo sem noção.